Homer Plessy | |
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Nome completo | Homère Patrice Plessy |
Conhecido(a) por | Plessy v. Ferguson (caso da Suprema Corte dos Estados Unidos) |
Nascimento | 17 de março de 1862 Nova Orleans, Louisiana, Estados Unidos |
Morte | 1 de março de 1925 (62 anos) Nova Orleans, Louisiana, Estados Unidos |
Nacionalidade | Estadunidense |
Parentesco | Adolphe Plessy e Rosa Debergue Plessy |
Cônjuge | Louise Bordenave Plessy (1888-1925) |
Ocupação | Sapateiro, corretor de seguros, ativista dos direitos civis |
Homer Plessy (Nova Orleans, 7 de março de 1862 – Nova Orleans, 1º de março de 1925) foi um sapateiro e corretor de seguros estadunidense de origem creole que se tornou notável por ter sido o querelante no caso da Suprema Corte dos Estados Unidos conhecido como Plessy v. Ferguson. Preso, julgado e condenado em Nova Orleans por violar uma das leis de segregação racial do estado da Louisiana, ele apelou nos tribunais do estado até chegar a Suprema Corte. O resultado no tribunal máximo do país, que gerou a política de "separados, mas iguais" contra os afro-americanos, teve grandes consequências para os direitos civis dos negros nos Estados Unidos. A decisão legalizou a segregação racial no nível estatal nos Estados Unidos, desde que as instalações previstas para ambos brancos e negros fossem putativamente "iguais".
Plessy nasceu no Dia de São Patrício de 1862, quando as tropas federais de ocupação – lideradas pelo general Benjamin Franklin Butler – haviam libertado os afro-americanos de Nova Orleans. Os negros podiam se casar com quem quisessem, se sentar em qualquer banco nos bondes, e e frequentar escolas racialmente integradas.[1] Na vida adulta, Plessy viu esses ganhos do período de ocupação federal da Guerra de Secessão (1862–1865) e posterior era de Reconstrução serem abolidos após a retirada das tropas em 1877 por ordem do então presidente dos Estados Unidos, Rutherford B. Hayes.[2]
Em qualquer outro dia de 1892, Plessy – com sua cor de pele pálida – poderia ter andado no bonde restrito a passageiros brancos sem ser notado. Ele era classificado como "7/8 branco" ou como um octoroon, de acordo com a linguagem da época. Embora seja muitas vezes entendido que Plessy tinha apenas uma avó de ascendência africana, ambos seus pais são identificados como "negros livres" em sua certidão de nascimento. Com a esperança de derrubar as leis segregacionistas, o Comitê dos Cidadãos (Comité des citoyens) de Nova Orleans recrutou Plessy para que violasse a lei de 1890 que separava brancos e negros no transporte público. O Comitê avisou previamente a empresa que controlava a estrada de ferro – que se opunha à lei por esta exigir a adição de mais vagões para seus trens – da intenção de Plessy.[2]
Em 7 de junho de 1892, Plessy comprou um bilhete de primeira classe para o trem que ia de Nova Orleans para Covington, sentou-se no vagão para os passageiros brancos e apenas o condutor lhe perguntou se ele era um homem negro. O Comitê contratou um detetive particular, com poderes de prisão, para retirar Plessy do trem na esquina das ruas Press e Royal, para garantir que ele fosse acusado criminalmente de violar a lei estadual de vagões separados para brancos e negros.[2] Tudo o que o Comitê havia tramado ocorreu conforme o planejado, exceto a rejeição final da causa em 1896 pela Suprema Corte. Até então, a composição da Suprema Corte tinha ganhado uma inclinação mais segregacionista, e o Comitê sabia que seria provável perder a ação. Mas os membros do Comitê decidiram por levar a ação adiante mesmo assim.[2]
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